Esperei durante algum tempo e com alguma ansiedade a prova de Casaínhos.
Desde que comecei as corridas, e comecei a interessar-me cada vez mais por este desporto,as provas de trail pareceram-me sempre mais aliciantes. Não é que desgoste de correr em estrada, mas há algo mais quando se corre nos trilhos.
E Casainhos veio a mostrar isso mesmo.
Tive conhecimento da prova numa das minhas voltas de bicicleta até ao Cabeço de Montachique, e claro, daí até à inscrição foram alguns dias (tempo para aliciar amigos a fazerem companhia :D).
Quanto ao dia prova, bem ... foi assim:
Saí de casa em direcção a Loures, mas resolvi, em vez de ir pela CRIL, efectuar o caminho pela nacional 8, aproveitando para parar numa bomba de gasolina para abastecer.
Ao passar em Odivelas, quem é que encontro a correr??? Nem de propósito ... o Tiago. Foi fazer estrada, uma vez que por não ter sapatilhas de trail, esquivou-se :) (20km de Sesimbra esperam por nós)
Bem, chegando a Casainhos, o clube SCCasainhos foi fácil de encontrar e lá estacionei. Outros 3 companheiros (Quaresma, Miguel, Joaquim) já tinham chegado e lá nos dirigimos para levantar o dorsal.
Enquanto aguardamos o inicio da corrida, fomos brindados com alguma chuva miudinha, mas abrigamo-nos no bar/restaurante do clube.
O cheiro da comida a ser preparada para o almoço, fazia crescer aguá na boca eheh.
Junta-se o pessoal todo para a caminhada e para a corrida junto à partida e é dado inicio da prova.
Saímos como habitual em bloco e logo ao sair da vila iniciamos o caminho de trilhos. Forma-se um engarrafamento ao efectuar a primeira subida.
No meio da confusão onde ainda deu para ajudar a empurrar um atleta que seguia com sapatilhas de estrada (andava às escorregadelas), comecei a afastar-me dos meus companheiros. Ainda consegui esporadicamente olhar para trás e gritar pelo Quaresma, mas depressa deixei de o ver. Veio ao seu ritmo, limitado pelo joelho que o tem limitado bastante.
Eu segui o meu caminho, procurando fazer um ritmo próximo dos 6 min/km. Apanhei vários atletas e procurei encontrar sempre alguém com quem seguir e fosse a impor um ritmo semelhante ao meu.
Ao km 5 já no inicio da subida para o Cabeço de Montachique, tomei pela primeira vez contacto com a sensação de correr com os pés molhados. Meto-me num campo (assim como todos os outros) que parecia um arrozal e tive água (estava fria de caraças) até meio da canela.
Passamos por um castelo/forte em ruínas muito interessante e que aumenta a componente visual proporcionada pelas corridas trail.
Forte
Começa a acentuar-se a subida ao cabeço e iniciei a caminhada, alternada com esporádicas corridas para ultrapassar algum obstáculo.
Chegado ao cabeço, a vista é (como já tinha constatado em visitas anteriores) brutal.
Uma vista de 360º sobre Loures e concelhos próximos.
Ao passar no ponto mais alto, junto ao marco geodésico, passamos pelo checkpoint onde os dorsais eram riscados com um marcador.
Iniciamos a descida a partir do km 6, e até ao km 12, não foram encontradas grandes dificuldades e o ritmo médio foi descendo. Perto do km 10 houve um abastecimento de água.
Comecei a pensar que abaixo dos 6 min/km era possível ... até encontrar uma parede como nunca tinha subido. Foi mesmo a andar devagar.
Ao chegar ao topo, novo abastecimento, agora com direito a uma maça. A velocidade de regresso à vila foi mais elevada, pois o relevo assim o permitia.
Ainda deu tempo para me enganar no caminho já perto do fim, mas nada de muito significativo. Felizmente não ia sozinho e alguém que conhecia o local reparou no erro e corrigiu a nossa trajectória.
Após aguardar pela chegada dos companheiros, lá nos dirigimos para o banho, e depois um almoço bem servido com pão da região (fiquei muito bem :D) com convívio entre os atletas, musica, e "slideshow" das fotos e ainda a entrega de prémios aos atletas de topo.
Casaínhos foi uma experiência espectacular a todos os níveis.
Sem dúvida para repetir ...
Percurso
Resumo
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